A POLÍTICA E O APEDREJAMENTO DE TELHADOS
(Matéria publicada no Tribuna das Águas)
Estamos novamente em um ano eleitoral, período que teremos a oportunidade de escolher aqueles que irão nos representar na Presidência da República, no Congresso Nacional, no Governo dos Estados e nas Assembléias Estaduais.
Temos mais uma vez a oportunidade de optarmos em votar naqueles que honrarão o compromisso do voto, lutando para o progresso do país, estados e regiões. Temos mais uma vez a oportunidade de separarmos o joio do trigo, a oportunidade de rejeitarmos o falastrão e darmos crédito àqueles que realmente trabalham pelo seu povo, sua cidade, seu estado, possuidores de uma visão macro, mas sem se esquecerem dos pequenos, dos necessitados e das inúmeras carências regionais.
Temos mais uma vez a obrigação de pensarmos no coletivo, no bem sócio econômico de nosso país, no futuro de nossos filhos, no amparo de nossos pais e porque não na nossa própria velhice. Sim porque é plantando boas sementes hoje que teremos uma colheita farta no futuro, possibilitando-nos dias melhores e oferecendo condições, às próximas gerações, de um padrão de vida sócio, econômico e moral de qualidade exemplar.
A escolha há de ser feita de forma ponderada e equilibrada. Precisamos estar atentos às armadilhas preparadas por parasitas, principalmente as arquitetadas por hipócritas que, quando eleitos, não realizam nada realmente útil, legislam e agem somente em causa própria, procuram aparecer no cenário político criticando as realizações de seus adversários e se apóiam em palpites e “achismos” banais, que só servem para tumultuar ou atrapalhar o andamento dos projetos de reais interesses da população.
O título desse texto retrata a realidade de alguns políticos (uma minoria medíocre) que possuem uma sede incontrolável pelo poder, mas por não serem capazes ou pela falta de interesse imediato em realizar, usam os seus mandatos para criticar o que foi e está sendo feito, denegrindo sem nenhuma prova cabal a necessidade e a lisura com que obras foram realizadas, pensam ser melhor do que contribuir, ser salutar (para os seus propósitos eleitoreiros), atitarem pedras no telhado daqueles que tiveram a iniciativa, a capacidade e coragem de as terem realizado,
Devemos ter o cuidado na escolha e isso começa pela observação da vida cotidiana do candidato. Não podemos dar crédito aos que levantam falsos testemunhos para prejudicarem, indiscriminadamente, aqueles que só estão preocupados com o seu trabalho, aos que romperam com a boa conduta, com a moral elevada, com seus parceiros de vida, companheiros ou companheiras do dia a dia para se atirarem em aventuras fúteis e perniciosas, com o intuito pobre, mesquinho e único de obter uma possível herança política eleitoral.
Não podemos dar crédito aos que só fazem criticas, quando é sabido que lhes falta a capacidade de proposituras para o crescimento e prosperidade de nossas comunidades. Não temos o direito de jogar nosso voto ao lixo elegendo um legislador que abre mão das nobres atribuições de seu mandato, da confiança nele depositada pelos seus eleitores, para se transformar em uma figura infame e repugnante, comparada a um reles “inspetor de quarteirão”, ação largamente utilizada pela Gestapo, criada pela polícia secreta Prussiana e que se transformou na maior ferramenta opressiva da era nazista. A truculência demonstrada por agressões físicas e verbais, depoimentos mentirosos, tendenciosos e vazios, também fazem parte da personalidade e do “modus operandi” daqueles que devemos a todo custo evitar.
Não podemos desperdiçar nosso futuro confiando um mandato àqueles que se julgam extremamente capazes, com excelentes formações acadêmicas, com curso superior, mas que dão um péssimo exemplo à comunidade e, principalmente aos nossos jovens, ostentado erros primários de acentuação e ortografia em textos e propagandas. São os autênticos analfabetos diplomados. Afastemo-nos dos medíocres. Se não houvessem tido a oportunidade de estudar e cursar uma faculdade como muitos, seria perfeitamente compreensível.
Por sorte agora temos a nosso favor a lei “Ficha Limpa”, que por si só vai expurgar dos quadros eletivos aqueles que foram processados julgados e condenados, quer seja por roubo, fraude, corrupção, agressão, desacato, calúnias, difamações etc.
Estamos novamente em um ano eleitoral e que a partir dessas eleições e para todas as demais, a fim de desfrutarmos de um país melhor, analisemos muito bem e escolha dos nossos candidatos. Não troque seu voto por favores pessoais, opte por aquele que participou efetivamente, com obras e projetos para a melhoria da saúde, educação, moradia, segurança, saneamento básico e na recuperação e ampliação do patrimônio público.
Requerimentos, indicações, discursos inflamados (normalmente recheados de mentiras e falácias) se perdem no tempo. As obras e as realizações são fatos que perduram e contra os quais não existem argumentos. Votem no que é nosso, votem conscientes naqueles que pautaram suas atitudes no âmbito público ou privado, pela melhoria da qualidade de vida do seu semelhante.
Agindo desta forma, estaremos exercendo de modo inteligente e progressista o nosso direito de voto em sua mais absoluta plenitude e acabaremos com o desnecessário e estapafúrdio apedrejamento de telhados que, se não estiverem cumprindo suas funções inicialmente previstas, devem ser amparados e aperfeiçoados, mas jamais destruídos a pedradas por interesses políticos escusos e duvidosos.
Consciência e um bom exercício civil a todos. Um viva à democracia e ao direito do livre pensar e expressar.
Gerson Vieira Prioste