IMPUNIDADE: REGENDO AS AÇÕES DE UMA NAÇÃO

O que temos visto acontecer no Brasil é algo estarrecedor. Arrastões tornaram-se ações diárias, não bastasse roubarem pedestres e motoristas, agora a moda é atear fogo no patrimônio alheio e disparar pistolas e fuzis a esmo.

 

         Canalhas pela madrugada agredindo, ou melhor, tentando assassinar pessoas que estão caminhando pelas ruas, brigas em escolas envolvendo jovens de ambos os sexos, agressões a professores, professores agredindo alunos, políticos agredindo políticos e jornalistas, ladrões chutando câmeras, policiais sendo mortos na porta de suas casas, idosos traficando, filhos agredindo pais e avós, mulheres sendo cotidianamente assassinadas pelos seus companheiros, em fim, um verdadeiro caos instalado.

 

         Os processos se acumulam nos fóruns. Centenas, milhares deles serão simplesmente arquivados por falta de provas, por perícias mal executadas ou pela corrupção pura e simples. Inúmeras são as brechas que o nosso ultrapassado, desfigurado e ineficiente Código Criminal Brasileiro, oferece aos criminosos, através de seus nem sempre bem intencionados advogados, para que aqueles se livrem da culpa e deixam de pagar, regiamente e exemplarmente, pelo crime cometido.

 

A inércia é outra grande aliada dos faltosos seja por falta de pessoal capacitado nas apurações, pela enraizada idéia de que “não vai adiantar nada mesmo”, seja por falta de vontade política ou pelos inúmeros conchavos, que a consciência do “tudo posso e a impunidade serve a todos”, está definitivamente acomodada em nossa sociedade.

 

Mas se formos analisar friamente a origem desses problemas, chegaremos à conclusão que isto nada mais é do que o reflexo das ações reprováveis praticadas por pulhas sociais que comandam nosso país. Vem dos religiosos não comprometidos com os princípios morais que abusam sexualmente de crianças; de policiais envolvidos em roubos, tráfico, seqüestros e jogos clandestinos; da falta de pessoal capacitado, treinado (parece até coisa articulada) e, principalmente, da classe política que, em sua grande maioria, só trabalha por interesses próprios, corrompe e é corrompida, presta falsos testemunhos, oneram o estado,  como se fossem fatos corriqueiros, mais normais do que a própria legitimidade e responsabilidade a eles conferidas pelo voto.

 

Seja em Brasília, Rio de Janeiro, Ceará, São Paulo ou Estância Hidromineral de Lindóia, a situação é preocupante. O Programa de Aceleração do Crescimento, em suas duas etapas só serviram, até o momento, para propagandas eleitoreiras, muito pouco ou quase nada foi feito pelos seus criadores, exatamente como ocorre por aqui com referências aos requerimentos e indicação, assunto que já abordei em outra ocasião, que não trazem à nossa população nenhum benefício, só servem como municiamento eleitoreiro, prática utilizada à exaustão pela nossa nobre oposição. Engodo eleitoral.

 

Então pergunto: terminará em pizza a agressão verificada em nossa Câmara Legislativa? Nada será feito? Ninguém será julgado e devidamente, caso a moral e as boas normas de convívio social sejam respeitadas, punido? Ninguém viu, ninguém ouviu e ninguém se pronunciará?

 

 O sentimento resultante da agressão não punida, do entendimento “falho” das leis, do não cumprimentos das exigências legais para habilitar uma empresa ao funcionamento e da inércia conveniente, é justamente a impunidade que, infelizmente, prevalece na consciência da nossa juventude. Só isso, exemplo, o péssimo exemplo.

 

 

 

Gerson Vieira Prioste